O Geomonumento de Lavadores

Como se sabe, as pedras não falam. Há, contudo, quem as saiba escutar e transmitir o que têm para dizer àqueles que, por curiosidade científica, pretendem aprender um pouco acerca da sua história. Tal é o caso do professor de Geologia Paulo Rocha que, numa visita guiada ao afloramento rochoso de Lavadores, num evento organizado pelo café A Mar, explicou a um conjunto de leigos na matéria a relevância geológica deste maciço granítico.


Pormenor do afloramento rochoso de Lavadores


O anúncio do passeio colocado na página de Facebook do Café A Mar


O Professor Paulo Rocha durante a visita de estudo

A clareza da exposição permitiu perceber que estamos perante um local que merece ser conhecido e divulgado, tal é o conjunto de geoformas que podem ser encontradas no local. O seu valor pedagógico é, portanto, imenso, não sendo por acaso que tantas escolas visitam amiúde este local. É, assim, desejável que a junta de freguesia de Canidelo crie, em colaboração com a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, um percurso interpretativo deste verdadeiro geomonumento, que sensibilize e dê a conhecer às pessoas a importância e as principais características geológicas deste local.


Foto de um dos momentos do passeio ao afloramento rochoso de Lavadores


O desenho facilita a compreensão da matéria


O texto que se segue foi baseado nos conhecimentos transmitidos pelo Professor Paulo Rocha aquando da referida visita, assim como nos textos do seu site -  Geologia da Praia de Lavadores, V.N. de Gaia - que pode ser visitado no endereço <https://geopraialavadores.jimdo.com/>

Uma palavra elogiosa é aqui devida também ao café A Mar (Lavadores - Av. Beira-Mar, nº 986). Se ser um café simpático e agradável já era condição suficiente para cumprir devidamente o seu propósito, a verdade é que os seus proprietários empenham-se em ir mais além, oferecendo aos seus clientes eventos de natureza cultural e desportiva deveras interessantes, dos quais destaco, por exemplo, as sessões de poesia que aí decorrem de forma regular. 

O granito de Lavadores - o seu contexto geológico, processo de formação e características

O afloramento rochoso de Lavadores tem cerca de 298 milhões de anos e situa-se, em termos geotectónicos, na fronteira entre a zona  Centro Ibérica, à qual pertence, e a Zona de Ossa Morena, às quais já pertencem, por exemplo, as rochas das Pedras Amarelas. Foi a fragilidade da crosta terrestre nesta região de fronteira geotectónica que permitiu que o granito de Lavadores se instalasse.

As fronteiras geotectónicas do território português. Foto retirada do blog Viva a Geologia


O maciço granítico de Lavadores estende-se, a partir do Cabedelo, numa direcção Noroeste-Sudeste, por 25 km de comprimento e 4 km de largura, sendo composto por rochas magmáticas, ou seja, formadas a partir do magma proveniente do interior da Terra que, com o tempo, foi ascendendo até regiões próximas da superfície, assim arrefecendo e solidificando. 

Segundo Paulo Rocha, o magma é uma "Massa pastosa de minerais em fusão que, na maioria dos casos, é uma mistura de silicatos no estado líquido, que se forma no interior da Terra a altas temperaturas e altas pressões". (ROCHA, 2013)

Uma das imagens de marca das rochas de Lavadores são os megacristais de feldspato que marcam a sua face, aparecendo às vezes de uma forma tão concentrada que os cientistas lhes dão o nome de enxames de megacristais. A formação de cristais de tão grande dimensão deve-se ao lento arrefecimento do magma que está na origem destas rochas, propiciando assim o tempo suficiente ao crescimento destes minerais.

Os megacristais de feldspato típicos das rochas de Lavadores


As rochas de Lavadores são também frequentemente marcadas por encraves. Estes tiveram a sua origem num magma diferente do predominante, ou hospedeiro, que com ele entrou em contacto sem nunca se misturar, um pouco como o que acontece com o azeite e a água. É este princípio que permite distinguir tão bem os encraves, de coloração preta, no meio das rochas.

Uma rocha marcada por diversos encraves


Encrave de grandes dimensões


Outro fenómeno passível de ser observado neste maciço granítico a sul da foz do Douro são os filões de quartzo e feldspato que cortam verdadeiramente as rochas por onde passam. Os minerais que compõem os filões foram os últimos elementos que solidificaram no magma que deu origem a estas rochas, encontrando-se num estado líquido enquanto o meio envolvente se encontrava já num estado sólido. O filão é, portanto, semelhante a uma cicatriz, provocada por uma solidificação mais recente, assim se distinguindo visualmente do contexto circundante.

O filão, de tom rosado, é claramente visível no meio destas rochas


Curioso de observar são também os testemunhos do fluxo magmático, evidências da fluidez do magma que esteve na origem deste afloramento granítico. Estas verdadeiras estruturas fluidais são marcadas pela alternância de faixas escuras, ricas em biotite, e outras mais claras, assim como pelo alinhamento dos megacristais de feldspato.

Provas do fluxo magmático marcado na rocha


Geomorfologia

Nesta parte vamos abordar algumas das formas que o granito de Lavadores adopta devido à acção da meteorização e da erosão por parte de agentes externos como, por exemplo, a água. 

Marmitas Litorais - Um dos aspectos geomorfológicos mais curiosos de observar são as marmitas litorais, autênticos buracos circulares escavados nas rochas. Segundo Paulo Rocha, "Estes “buracos” circulares ou elípticos escavados no granito tem origem no redemoinhar de seixos e blocos que ali ficam temporariamente aprisionados. A energia cinética das ondas do mar possibilita um movimento destes sedimentos que por sua vez exercem uma intensa acção abrasiva e onde eles próprios vão adquirindo uma forma arredondada. Com o tempo, estas depressões vão-se aprofundando e alargando cada vez mais, podendo muitas vezes coalescerem uns com os outros e formar canais progressivamente mais profundos, constituindo canais de escoamento das águas." (ROCHA, 2013)

Um alinhamento de marmitas litorais


Blocos penduculados - Em certos casos a acção do mar vai desgastando a base das pedras, sobretudo naqueles blocos graníticos mais altos, fazendo com que apresentem uma base de sustentação progressivamente mais adelgaçada em relação ao resto do corpo. Com o passar do tempo estas pedras vão acabar por tombar.

Exemplo de um bloco penduculado


Caos de Blocos - O chamado caos de blocos resulta da progressiva fracturação das rochas. À medida que o granito ascende lentamente até à superfície da Terra sofre um processo de expansão e descompressão, o que resulta em fracturação horizontal. A fragmentação vertical resulta, por sua vez, de processos tectónicos. Estes dois movimentos dão origem a uma rede de fracturação que, mais tarde, torna-se susceptível de sofrer a acção erosiva do mar e mesmo das plantas, que crescem através das fendas.

As linhas de fractura da rocha são aqui bem evidentes

Lentamente, o que aparenta ser um sólido bloco de granito vai separando-se pelas fissuras, dando origem a corpos graníticos de menor dimensão. Estes vão adquirir muitas vezes um formato arredondado pelo efeito de arrastamento provocado pelo mar, sendo espalhados de forma casuística pela praia. É o chamado caos de blocos. A pedra moura, por exemplo, é um exemplo de um bloco granítico com fracturação bem evidente. Tanto assim é que parece que basta dar um empurrão à pedra de cima para esta rolar e cair ao mar.

Paisagem de caos de blocos. Foto de Paulo Rocha.


Disjunção Esferoidal - A disjunção esferoidal acontece nas camadas externas das rochas que, devido à insolação e ao alívio da pressão sentida pelo granito na superfície da terra, em conjunção com a acção de outros agentes erosivos, vai começando a perder camadas de forma concêntrica. Com o tempo, esta acção pode também dar origem a blocos graníticos de menor dimensão.

Exemplo de disjunção esferoidal

Plataforma de abrasão - é uma superfície aplanada de rochas que se formou devido à acção da água do mar a bater naquela zona durante milhares de anos. Esta plataforma é rematada por uma arriba, também ela fruto da acção mecânica do mar e dos materiais por ele transportado, como areias e pedras de diversos tamanhos.

Plataforma de abrasão em Lavadores


Tafoní - Cavidades nas rochas provocadas pela acção erosiva da água do mar e do vento, assim como pelo desenvolvimento no local de cristais como a Halite, um mineral de origem sedimentar que contribui para a granulação da rocha. Os tafoní mais pequenos são designados de Favos de Abelha e os maiores de Cavernas. 

Exemplos de favos de abelha. Fotografia de Paulo Rocha.


Caverna. Foto de Paulo Rocha.


Arco Litoral - Apesar dos arcos ou túneis serem pouco frequentes no granito, Lavadores possui um arco litoral conhecido por pouca gente. Este arco é fruto da acção da água do mar que, com o tempo, foi desbastando uma área mais frágil do bloco granítico, abrindo uma passagem em forma de túnel ou arco no seu interior.

Arco litoral em Lavadores. Com a maré muito vaza é possível espreitar de um lado para o outro do arco.


Lendas relaciondas com algumas das pedras do afloramento rochoso de Lavadores

Até aqui fizemos uma análise científica do maciço rochoso de Lavadores. Estas pedras, contudo, prestam-se a outras leituras, como acontece no caso das lendas. É bastante frequente construírem-se narrativas lendárias a partir da configuração insólita de certos rochedos, com isso procurando-se explicar o seu aspecto bizarro. O mesmo acontece, aliás, com outros fenómenos da natureza. Esta prática é, aliás, universal, fazendo parte da essência antropológica do ser humano que, em tudo, procura discernir um sentido. 

Neste contexto, cremos que faz sentido contar aqui a lenda da Pedra Moura e das Pedras Altas ou, para ser mais exacto, da Pedra de Escorregar.

A lenda da Pedra de Escorregar

As chamadas Pedra Altas, ou Pedras do Maroiço, ficam localizadas em pleno Cabedelo, por baixo da antiga seca do bacalhau. É deste agrupamento de pedras que faz parte a chamada Pedra de Escorregar. Note-se, contudo, que este núcleo rochoso é muito mais extenso do que permite ver a imagem seguinte. Em certos anos, principalmente de Inverno e em alturas de forte agitação marítima, é possível observar-se a verdadeira dimensão deste complexo lítico, hoje em grande parte tapado pela areia.

Aspecto actual do conjunto das Pedras Altas


A lenda da Pedra de Escorregar que a seguir narramos baseia-se num artigo publicado em 2010 por Francisco Barbosa da Costa no Jornal dos Carvalhos, assim como no relato feito por Joel Cleto no II volume do livro Lendas do Porto.  

Conta a lenda que, há muito, muito tempo, uma bela moura que pelo Cabedelo passeava foi enfeitiçada por uma velha bruxa, assim se transformando em sereia. O encantamento determinou que a sereia apareceria no alto da Pedra de Escorregar de 100 em 100 anos e que o feitiço apenas seria quebrado se uma donzela lhe servisse então pão e leite. 

Ora, certo dia, encontrando-se esta sereia no alto da pedra a secar ao sol, avistou uma mulher que perto do penedo passava, pedindo-lhe que lhe fosse buscar o pão e o leite de que falava o feitiço. O que ela não contava era que a mulher, aterrorizada, fugisse a correr, deixando-a sozinha a lamentar-se: "Dobraste o meu encanto por mais 100 anos...e quando voltar a aparecer será apenas a uma donzela." (COSTA, 2010: 18)

A lenda termina aqui. É curioso notar, porém, que o encantamento estipula que a sereia, de modo a ver o seu feitiço quebrado, seja servida por uma mulher virgem. Este facto relaciona-se de perto com a origem do nome da Pedra de Escorregar. Era antigamente hábito as jovens moças escorregarem do alto do penedo até ao chão, num evidente ritual de fertilidade, que, assim, tomou o nome de Pedra de Escorregar ou Pedra do Escorrega.

Diga-se, a propósito, que não nos foi possível identificar qual das pedras é a chamada Pedra de Escorregar. Pode dar-se o caso de se encontrar actualmente enterrada ou parcialmente tapada. Qualquer informação rigorosa acerca deste tema será sempre muito bem-vinda.


Outro plano do conjunto de pedras que se encontram a descoberto 

É de salientar que neste mesmo conjunto de pedras, mas num local actualmente tapado pela areia, foram encontradas em 2002 gravuras constituídas, segundo o historiador Gonçalves Guimarães, "(...) por três antropomorfos orantes nos penedos mais elevados, uma grande espiral constituída a partir de um nódulo quartzítico central sobre uma laje horizontal e uma outra grande gravura noutra laje mais abaixo em forma de dois crescentes com a curvatura equidistante do centro e que se tocam nas pontas. Estamos, aparentemente perante um local de culto, ou de representação de um culto astral, em que a espiral representará o Sol, os crescentes a Lua e as três figuras os cultuantes." (Guimarães, 2011: 45,46)

A falta de um estudo aprofundado sobre estas gravuras, contudo, impede que se conheça a data a que remontam. Gonçalves Guimarães avança a hipótese de poderem ter sido feitas por vikings ou normandos durante os séculos IX ou X d.C., apesar de considerar esta ideia apenas uma suposição que necessita de ser confirmada. 

A lenda da Pedra Moura

A narrativa que a seguir expomos baseia-se na versão da lenda apresentada por Joel Cleto no III volume do livro Lendas do Porto.

Conta a lenda que, num passado longínquo, no lugar de Lavadores, existia uma moura encantada muito atarefada no cumprimento de uma maldição que sobre ela havia sido lançada. Determinava essa maldição que a dita moura tivesse que transportar, desde o fundo do mar, uma série de rochedos, empilhados na sua cabeça, até ao areal da praia, onde eram finalmente depositados. Isto ao mesmo tempo que, com a ajuda de uma roca, ia fiando com as mãos. 

Para azar da rapariga, periodicamente o oceano voltava a arrastar as pedras para o fundo do mar, incitando-a assim a um constante vaivém, numa empreitada infindável. Um desses penedos, no entanto, era de uma dimensão tão grande que a moura achou por bem colocá-lo num lugar onde fosse difícil o mar chegar, assim evitando que o voltasse a levar para o fundo das águas. Este penedo era nem mais nem menos do que a chamada Pedra Moura. 

Diz a lenda que depois desse último esforço a moura nunca mais foi vista em Lavadores. Para alguns, a moura morreu depois daquele último esforço. Outros, contudo, asseguram que a moura voltará um dia para resgatar um tesouro que guardou debaixo da Pedra Moura. Há também quem acredite que a moura vive debaixo do rochedo, velando assim o seu tesouro. Há ainda quem tenha fé de que o empenho demonstrado pela moura ao carregar um penedo de tal dimensão foi o suficiente para a livrar do encantamento.

A Pedra Moura


Existem diversas lendas em que a protagonista principal é uma moura que transporta pedras à cabeça ao mesmo tempo que fia com as mãos. Segundo a tradição popular, a Pedra Formosa da Citânia de Briteiros, por exemplo, foi levada para aquele local à cabeça de uma moura que fiava. 

A lenda da Pedra Moura, em particular, é bastante similar ao mito grego de Sísifo, relato que conta como Sísifo foi condenado a transportar uma grande pedra até ao topo de uma montanha, apenas para vê-la rolar de novo até ao sopé, iniciando de cada vez que isto acontecia uma nova jornada montanha acima, numa tarefa interminável. 

Que mouras são estas?

Mas quem são estas mouras de que falam estas lendas, e que fazem parte de tipologias narrativas que se vão repetindo um pouco por todo o país?

Segundo Francisco Martins Sarmento, notável etnógrafo do século XIX, "As tradições populares, a que anda ligado o nome de mouros, são alguns séculos mais velhas que a aparição dos mouros (árabes) na Península; ou, para tirarmos a esta afirmativa o seu ar paradoxal, o nome dos mouros intrometeu-se sub-repticiamente num corpo de tradições, que estavam formadas, muito antes da invasão árabe na Espanha". (SARMENTO,1881:105) 

Este corpo de tradições de que nos fala o etnógrafo são os cultos pré-cristãos a divindades como os espíritos da natureza, as ninfas ou outras criaturas geralmente associados a determinados locais, como os grandes penedos, por exemplo. As grandes pedras, as fontes ou as lápides onde aparecem os mouros e mouras encantadas seriam, para este investigador, locais onde as gerações pré-cristãs praticavam cultos animistas a divindades desconsideradas depois pelo cristianismo.

"Concebe-se pois uma época, em que os pagãos, esses fautores duma civilização destruída e amaldiçoada, que se sumiram no nada sem deixar representantes, nem, ao que parecia, descendentes, comecem a desenhar-se no vago do passado, como um povo, a todas as luzes estranho aos povos cristãos, e principalmente notável pela guerra ímpia, feita ao Cristo e à sua Igreja — característica que é a afinidade electiva e única que os aproxima dos mouros e determina a sua identificação com eles". (SARMENTO, 1881: 3,4)

Deste modo, as narrativas das mouras encantadas seriam nada mais do que adaptações de antigas crenças pré-cristãs que sobreviveram na imaginação do povo, "(...) fantasmas de divindades pagãs, que o cristianismo não pode aniquilar e cuja persistência e modo de ser nas crenças populares é um facto etnológico de rica significação  (...)" (SARMENTO, 1990: 1)

O caso das Pedras Altas, por exemplo, e como vimos atrás pela presença nesse local de gravuras antigas, parece sugerir que a lenda da moura encantada transformada em sereia tenha surgido num lugar onde anteriormente eram praticados cultos pagãos, o que, a ser verdade, parece dar razão à tese desenvolvida por Martins Sarmento. 

Tudo isto remete, como dissemos atrás, para tradições orais antiquíssimas e que ainda hoje vão passando de boca em boca, como é o caso das lendas aqui narradas.

Começamos este artigo por dizer que as pedras não falam. A partir delas, contudo, continuamos a construir discursos, sejam eles científicos ou lendários, que as permitem explicar e aproximá-las de nós, homens que caminhamos pela terra numa constante procura de sentido.


BIBLIOGRAFIA

ROCHA, Paulo - Geologia da praia de Lavadores, V.N. de Gaia. 2013. Disponível em:  <https://geopraialavadores.jimdo.com/> [acesso em Julho de 2017]

CLETO, Joel - Lendas do Porto. Vol. II. Porto: Quidnovi, 2012. 

CLETO, Joel - Lendas do Porto. Vol. III. Vila do Conde: Verso da História, 2014. 

COSTA, Francisco Barbosa da - «A Pedra de Escorregar». In Jornal dos Carvalhos. Edição de 15 de Janeiro de 2010. Ano 20, nº 234, IV série.

GUIMARÃES, J. A. Gonçalves - «Arqueologia, etnologia e história do Cabedelo. In OLIVEIRA, Nuno Gomes (coord.) - Guia da Reserva natural local do estuário do Douro. V.N. Gaia: Águas e Parque Biológico de Gaia, 2011. p. 45-50. 

SARMENTO, Francisco Martins - «O que podem ser os mouros da tradição popular?». In Pantheon, Ano I, 1881. Disponível em: <www.csarmento.uminho.pt/docs/sms/obra/FMSDispersos_011.pdf> [acesso em Julho de 2017]

SARMENTO, Francisco Martins - «A Mourama». In Revista de Guimarães, nº 42, 1990. Disponível em:  <www.csarmento.uminho.pt/docs/ndat/rg/RG100_11.pdf> [acesso em Julho de 2017] 

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